A questão do feedback na comunicação

Você tem se preocupado em pedir feedback para as mensagens que envia?
Apesar de hoje em dia ser bem usual, nem todas as instruções chegam através de e-mails; o que seria mais fácil para provarmos o que nos foi solicitado. Ou vice-versa, que tenham feito exatamente do jeito que solicitamos.
Estamos no tempo do “urgente urgentíssimo” e na época do “é para ontem”.
 
Uma piada clássica é a do chefe que consulta seu subordinado dizendo:
“- Almeida, qual o número deste pedido?”
E o Almeida responde: “- O quê chefe? Eu estou despedido?”
 
Da próxima vez que tiver que passar informações aos seus subordinados, colegas, superiores ou clientes, peça feedback do que você disse, pergunte se entenderam e se você foi claro. Faça o mesmo quando receber mensagens confirmando o que lhe foi dito.
Diga frases do tipo:
“- Bem, vejamos se entendi direito: você quer dizer que…”
“-Então o prazo para entrega será de 15 dias?”
 
Costumo dar como exemplo o caso do gestor que chega para seu subordinado e solicita que o relatório fique pronto “o mais rápido possível”. E o funcionário pensa: “-Vou surpreender meu chefe, amanhã de manhã, na primeira hora, quando ele chegar, vou entregar o relatório!”
Porém ao final da tarde, o chefe lhe pergunta se o relatório já está concluído. O funcionário surpreso diz que irá lhe entregar amanhã de manhã, ou seja, o mais rápido possível para ele.
Pois bem, o mais rápido possível para o chefe é hoje à tarde e para o funcionário será amanhã de manhã. Isto somente aconteceu porque não houve comunicação eficiente entre os dois. Se o funcionário tivesse perguntado o que seria “o mais rápido possível”, este desencontro não teria ocorrido.
Antes de você emitir um julgamento a respeito de algo ou mesmo dar a sua opinião é importante certificar-se que compreendeu, reproduzindo o que escutou. E isto, principalmente, se o seu modo de pensar está diferindo daquele com quem fala, pois com certeza esta é a ocasião mais difícil de escutar alguém com atenção.
Ouça para compreender o significado do que está ouvindo e não para dar uma resposta “bacana” ao seu interlocutor. Isto denota que seu primeiro objetivo ao ouvir alguém deverá ser tentar perceber com exatidão o que ele pretende transmitir. A resposta, com certeza, virá posteriormente.
E se mesmo assim ainda restar dúvida, repita o que entendeu àquele que lhe passou a mensagem para certificar-se que você compreendeu precisamente da forma que ele deseja, pois uma simples palavra percebida de forma não correta, pode trazer grandes transtornos.
Nunca tenha pressa em responder, tenha paciência com a conversa sem antecipar o que o outro vai falar, e se você verificar que é o outro quem está com pressa peça desculpa a ele e explane o que entendeu e pergunte se é isso mesmo o que ele quis dizer.

Isso evitará uma série de problemas futuros, e te dará maior segurança na execução das suas tarefas.
 
Cuidado com as palavras dúbias, as perguntas sem respostas e as famosas “sinucas de bico”…
Da próxima vez que lhe perguntarem quanto mede um prédio alto ou qual a idade de uma mulher velha, apenas sorria, pois você poderá estar sendo filmado…

Por Rita Alonso