A inteligência emocional e a influência cultural


Um estudo recente de Ellen Langer e Rebecca Levy em Harvard comparou a perda de memória em idosos de culturas diferentes. Os americanos de classe média, cuja cultura teme a idade avançada e "sabe" que com ela suas capacidades diminuem , tiveram uma perda de memória substancial. Já os chineses, cuja cultura valoriza muito a velhice, não só apresentaram uma perda de memória muito pequena, como se saíram quase tão bem quanto os mais jovens. Cada cultura produziu idosos compatíveis com a atitude predominante em relação ao envelhecimento.

Há ainda os franceses, cuja cultura aceita sem problemas os hábitos de beber vinho, fumar, comer doces e consumir molhos que aumentam o colesterol. Eles envelhecem magros e com saúde. Muitos estudos foram realizados na tentativa de descobrir qual o "segredo" dos franceses, já que, de acordo com as teorias atuais, deveria haver uma ponte de safena em cada loja de doces. A conclusão que chegaram é que, na verdade, não se trata de um segredo, mas sim da "atitude". Eles adoram o que comem e não sentem culpa por isso.
Em resumo, a atitude gera uma informação, a qual se propaga gerando um paradigma cultural.
Portanto, assim como for dentro de nós, será propagado para fora de nós.

de Dalton Cortucci