Testes de QI sempre foram tomados como parâmetros de
mensuração da inteligência individual e, por tabela, ainda são um meio de um
sujeito dizer que é mais inteligente do que os outros à sua volta. Mas o que as
organizações, governos e a sociedade precisam é de líderes sensíveis, que
saibam desenvolver uma empatia social com a sua equipe; essa competência é
vital no front das crises, seja quais
forem as suas proporções. Aqui entra o psicólogo Daniel Goleman e sua teoria da
Inteligência Emocional.
A teoria da inteligência emocional é um verdadeiro
mantra da liderança, especialmente para os leitores corporativos. A forma como
lidamos com as nossas emoções, atitudes e relacionamentos é capaz de dizer mais
precisamente como agimos diante das situações profissionais, e isso importa
muito mais do que testes padronizados. Como exemplo, o psicólogo cita a empatia
social, a habilidade de compreender o ponto de vista ou perspectiva de outra
pessoa e, assim, sentir o que ela está sentindo.
Veja os
pontos principais que Goleman fala a respeito da Inteligência Emocional.
Motivação interna X motivação externa: a melhor motivação para desenvolver força mental e
inteligência emocional é interna; você tem que ter o desejo de melhorar. Por
exemplo, a empatia social, sua habilidade de compreender o ponto de vista ou
perspectiva de outra pessoa e assim sentir o que ela está sentindo. Você pode
receber mensagens sutis do mundo externo dizendo que você não é tão bom nisso
quanto precisa, mas então só depende de você decidir o quanto se importa e o
quanto está disposto a fazer para melhorar nesse aspecto. Somente motivado você
pode desenvolver intencionalmente a sua força mental e a inteligência emocional.
Como desenvolver a
Inteligência Emocional: Existem cinco passos.
Primeiro você tem que se perguntar: "Isso é realmente importante para
mim?". Você tem que estar motivado, tem que visualizar seus objetivos,
analisar seus valores e aonde você quer chegar na vida e na carreira. Se você
responder a essa primeira pergunta, parta para o segundo passo: uma análise de
360 graus, como o ESCI (sigla em inglês para Inventário de Competências
Emocionais e Sociais), assim conseguindo uma avaliação honesta. Quando
nos avaliamos, nossa visão pode ser distorcida pelos nossos pontos cegos. Mas
em um 360º você recolhe confidencialmente e anonimamente as opiniões de pessoas
que você respeita, chegando a uma média. O terceiro passo é olhar para esses resultados
e identificar as suas habilidades de inteligência emocional e autoconsciência:
a maneira que você se administra, como você cria empatia com as pessoas, como
você forma relações, sua persuasão, cooperação e capacidade de trabalho de
equipe. Onde quer que seja, identifique a área na qual você acredita que vale à
pena o seu tempo e esforço para melhorar. Aí você estabelece um plano de
mudança, um contrato consigo mesmo sobre um comportamento específico que você
tentará mudar, como parar e ouvir atentamente o que está sendo dito,
compreender completamente o que você está pensando antes de falar. Em um
diálogo, isso melhora bastante a sua empatia. O quinto passo é tentar seguir
este comportamento em todas as oportunidades que se apresentarem. Se você fizer
isso durante três a seis meses, verá que as pessoas começarão a reagir e notará
a sua melhora.
Como reconhecer a Inteligência Emocional
de alguém: todos podemos sentir a
inteligência emocional de uma pessoa sempre que interagimos com ela. Temos meio
que um radar natural para isso. Com algumas pessoas você sente essa atração,
uma química, uma simpatia. Esse é um sinal claro de uma inteligência emocional
desenvolvida; já com outras pessoas você não consegue estabelecer uma ligação,
elas são um pouco diferentes. É um sinal de que precisam de ajuda com a sua
inteligência emocional. Então, por um lado, todos nós temos um senso inato para
isso, por outro, existem atualmente vários testes direcionados à inteligência
emocional. Alguns não são muito bons, e outros são muito bons para propósitos
específicos.
Cinco tipos de
Inteligência Emocional: autoconhecimento emocional, o controle
emocional, auto-motivação, o reconhecimento de emoções em outras pessoas e a
habilidade de manter um relacionamento interpessoal. A parte mais
fundamental da inteligência emocional é a primeira, o autoconhecimento. A
maneira como administramos a nós mesmos é a segunda parte. A terceira depende
completamente do quanto nos conhecemos, assim como a nossa capacidade de
estabelecer relacionamentos com os outros depende da habilidade de ter empatia
com eles. Cada uma das partes usa as anteriores como base.
Que tipo de pessoa se
dá bem no trabalho: as pessoas geralmente mais
positivas, extrovertidas e bem conectadas com outras nas suas vidas sociais
podem trazer isso para o trabalho, tornando-se bons colaboradores,
trabalhadores em equipe e possivelmente ótimos líderes.
Bom líder: o líder precisa ser
capaz de transmitir emoções. O trabalho emocional de um líder é
extremamente importante e consiste em ajudar as pessoas a chegar a um estado
emocional ideal, em que elas consigam trabalhar melhor e mantê-las nesse
estado. Essa é a função mais importante de um líder. Em várias situações o
líder formal não é necessariamente o líder emocional de um grupo e isso pode
criar vários problemas. Como resolver esses conflitos em uma empresa? A
situação ideal é aquela onde aquela pessoa com o título de líder (o chefe, CEO,
presidente, etc.) é também a pessoa que desempenha o papel de líder emocional.
Essa é a situação que você deseja. Quando esses dois papéis são ocupados por
pessoas diferentes, você tem dificuldades sérias, porque as pessoas têm muita
consideração pelo líder emocional, e se o suposto líder não tem o mesmo
respeito ou a mesma importância, ele será bem menos eficiente do que deveria.
Resultados
em uma empresa que cria ambiente harmônico e encoraja o desenvolvimento da
inteligência emocional: melhores resultados financeiros, melhor
nível de satisfação dos empregados, melhor motivação e uma maior retenção de
talento, evitando que as pessoas mais importantes deixem a organização.
Fonte:
Administradores.com