Porquê os psicólogos estão tendo maior reconhecimento pelas empresas


A psicologia organizacional vai muito além do recrutamento e seleção e as empresas, atualmente, têm se conscientizado disso. Novos nichos de atuação, como o big data, contribuem para que cresça a demanda por esses especialistas no comportamento humano.
A versatilidade da psicologia é um dos principais fatores por trás do aumento na demanda por esses profissionais no ambiente corporativo. Uma das mais recentes tendências é o recrutamento de psicólogos por empresas que trabalham com big data — processamento de um grande volume de informações online.
"Na prática, o psicólogo analisa qualquer tipo de informação digital em tempo real e compreende o que há por trás desses números", afirma Adriano Henriques, vice-presidente de inteligência de mercado da Wunderman, uma das maiores agências digitais globais.
Para Adriano, o parecer de psicólogos sobre os dados analisados é fundamental para desenvolver soluções para os negócios. "Eles auxiliam na compreensão do comportamento do consumidor; são o fator humano do levantamento estatístico." Estima-se que o déficit de mão de obra especializada em big data chegará a 60% em 2015. 
Para inserção no mundo corporativo, os psicólogos devem saber trabalhar em conjunto com pessoas de mídia, marketing e implementação de sistemas operacionais, além de conhecimento do mundo digital. Especialistas acreditam que o big data é uma das áreas mais promissoras para os profissionais de psicologia.
De acordo com um estudo recente da ABI Research, empresa americana de pesquisa e inteligência de mercado, organizações do mundo inteiro vão investir 31 bilhões de dólares neste ano em tecnologias de big data, um mercado que deve crescer 30% ao ano até 2018.
Um bom exemplo é o Google: todos os produtos do gigante de buscas têm base no levantamento de dados gerados graças às ferramentas de análise em larga escala. "Áreas que lidam com o comportamento humano, como a psicologia e a economia, cada vez mais terão ligação com o marketing, a publicidade e o big data", afirma Adriano, da Wunderman.
Fonte: Alexandra Gonsalez (Você s.a.)