Profissional é importante no
desafio das empresas de buscar e reter talentos
Recrutamento e seleção,
treinamento e desenvolvimento, cargos e salários, carreira e sucessão. Essas
são apenas algumas das muitas funções de um analista de Recursos Humanos. Este
profissional atua dentro de um setor que vem sendo de extrema importância e estratégico
em grandes corporações: o departamento de RH. Por conta disto, a profissão está
cada vez mais valorizada no mercado de trabalho nos últimos anos.
O salário inicial fica em torno de
R$ 1,5 mil, mas pode, ao longo da carreira, ultrapassar os R$ 8 mil. Paulo
Sardinha, vice-presidente da Associação Brasileira dos Profissionais de
Recursos Humanos (ABRH-RJ), afirma que administradores, psicólogos e pedagogos
são os que mais atuam na área. Porém, ele diz que profissionais de outras áreas
também estão trabalhando em RH.
“Nos últimos anos, muitos
profissionais nesta área são oriundos também da Economia e da Engenharia. Hoje,
além das aptidões comuns na área de Humanas, é necessário um grau de
conhecimento em finanças e gestão de projeto”, justifica Sardinha destacando
que ter um outro idioma dá vantagem competitiva.
O
vice-presidente da ABRH-RJ ressalta que esta é a profissão mais valorizada no
momento, devido a grande preocupação das empresas em contratarem os talentos
que buscam. Sardinha fala também de sua importância no processo de
desenvolvimento e educação. “Na área mais específica, o coaching, a demanda por
este profissional está bastante aquecida”.
Oscilações - Fabrizia Rossetti, diretora da
Rossetti Consultoria, que atua na área de Gestão de Pessoas e Recursos Humanos
há mais de 40 anos, afirma que o mercado é amplo em comparação a outras áreas,
mas diz que tem suas limitações.
“Como o RH é
uma área de apoio e não a atividade fim das empresas, excetuando-se as
consultorias de RH, ele cresce na medida em que crescem outras áreas da
empresa. Assim, esse mercado de trabalho está sujeito às oscilações de mercado
habituais”, avalia.
Analista de
RH do Hotel Marina All Suites, no Leblon, Adriane d`Anniballe, de 36 anos, é
formada em Artes Cênicas e faz faculdade de Psicologia. “Estou construindo
minha carreira para atuar com Desenvolvimento de Pessoas, Treinamento e
Coaching”, planeja. Ela também acredita que é uma área promissora.
“Com as novas
tecnologias, a qualidade dos produtos e de serviços está cada vez mais pareada,
fazendo com que o diferencial seja o fator humano. Aí entra o RH, para fazer a
diferença no ambiente de trabalho”.
Aptidões
para ter sucesso na carreira
Ana Heloisa da Costa Lemos, coordenadora do MBA em Gestão e Recursos Humanos da PUC-Rio, enumera algumas aptidões que o analista de RH deve ter para ser bem sucedido na carreira. Ela diz que é fundamental ter o conhecimento teórico atrelado ao prático da área.
Ana Heloisa da Costa Lemos, coordenadora do MBA em Gestão e Recursos Humanos da PUC-Rio, enumera algumas aptidões que o analista de RH deve ter para ser bem sucedido na carreira. Ela diz que é fundamental ter o conhecimento teórico atrelado ao prático da área.
“Sem a combinação de experiência e conteúdo, o profissional terá
uma carreira limitada. Além disso, é necessário ter bom relacionamento
interpessoal, capacidade de liderança e de trabalhar em equipe”, observa.
A especialista em RH vai mais além dizendo que é preciso
desenvolver e socializar o conhecimento alcançado no ambiente de trabalho. “O
analista de RH tem que ter capacidade de identificar problemas, formular e
implantar soluções para obter o sucesso profissional”, ressalta.
A psicóloga Débora Manhães Benicio, de 31, é coordenadora da área
de recrutamento e seleção da empresa Confiança RH em Niterói e no Rio. Ela diz
que o mercado de trabalho nesta área é amplo, mas faz uma ressalva dizendo que
faltam profissionais mais bem qualificados.
“Neste setor é preciso gostar muito do que faz e se manter sempre
atualizado em tudo que diz respeito à área”, aconselha. A analista de RH diz
que pretende fazer MBA em Gestão de Pessoas.
“Almejo trabalhar numa área generalista”, projeta.
Rosangela Mendes do Nascimento, de 31, analista de RH do Centro
Nacional de Estudos e Projetos (CNEP), está concluindo o curso de Gestão de RH
e pretende se especializar em treinamento e desenvolvimento (T&D).
Ela avalia que a internacionalização das empresas brasileiras
cresce cada vez mais, criando a necessidade de reter seus talentos. “O
maior desafio das empresas hoje é captar e reter talentos. Criando assim,
uma necessidade maior de profissionais de RH”.
Chances
no setor público
Ricardo Luz, coordenador do curso de Recursos Humanos da Unicarioca, afirma que o setor público também é um bom caminho. “Existem vários concursos abertos ou em fase de abertura. Algumas vagas são específicas para RH, outras são para funções que o tecnólogo em RH pode concorrer”, indica.
Ricardo Luz, coordenador do curso de Recursos Humanos da Unicarioca, afirma que o setor público também é um bom caminho. “Existem vários concursos abertos ou em fase de abertura. Algumas vagas são específicas para RH, outras são para funções que o tecnólogo em RH pode concorrer”, indica.
“Não obstante, o conhecimento sobre gestão de pessoas é uma
competência cada vez mais demandada nos concursos públicos, porque está
presente em todas as organizações”, diz ainda o especialista da Unicarioca.
Estagiando no setor de RH de uma grande multinacional, Ana
Cristina Oliveira dos Santos, de 25, é aluna do curso tecnólogo em Gestão de RH
da Unicarioca, no Rio Comprido. Ela deixou a carreira na área de segurança do
trabalho para seguir a de RH.
“Faço recrutamento e seleção, trabalho com
indicadores, pesquisa de clima e logística dos treinamentos. O que me
proporciona um grande aprendizado”, comenta. Ana diz que a falta de uma consciência maior
da importância do setor de RH numa empresa é o que lhe desagrada na profissão. “Algumas
organizações consideram o setor de RH apenas como um Departamento de Pessoal
(DP)”.
Fonte: Henrique Moraes - O Fluminense